sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Aumenta o interesse mundial pelo uso de RFIDs


07 de setembro de 2008, 20:15

Etiquetas de identificação por rádio-freqüência, alternativa mais rica ao código de barras, ganham novo impulso.
Por Sergio Kulpas

Segundo um novo estudo da Computing Technology Industry Association (CompTIA), o interesse por etiquetas de identificação por rádio-freqüência (RFID) está aumentando em escala global. A pesquisa da CompTIA aponta que 46% dos clientes das empresas de TI implementaram sistemas de RFIDs este ano, um crescimento de 34% em relação a 2007. Os clientes dessas empresas estão em vários setores, como varejo, serviços, administração pública, atendimento de saúde, finanças, comunicações e manufaturas.

O uso mais comum dos RFIDs é para monitorar o trânsito de mercadorias, com 32% das respostas. Em seguida surgem identificação de pessoal (28%); cadeia de suprimentos (25%); marketing de varejo (15%); e produção em “closed loop” (9%).

Um outro estudo aponta a crescente importância dos RFIDs na logística de bens e mercadorias. A pesquisa “Get a Grip: The CDW-G Federal IT Asset Management Report” mostra que disparou o número de agências governamentais dos EUA que usam a tecnologia para monitorar o trânsito de itens valiosos: cerca de 37% das agências usam RFIDs. Mas os códigos de barras ainda são a tecnologia dominante nesse setor, com 57% do total.

Já a empresa de pesquisas Gartner detectou que a adoção dos RFIDs está passando por “dores de crescimento” na operações de varejo, especialmente no que se refere à adoção universal de etiquetas em caixas de produtos. Segundo o estudo da Gartner, há dois anos ocorreu um “pico” de adoção de RFIDs nas caixas enviadas para as redes varejistas, e esse pico agora entrou em declínio. A Gartner define esse período como um momento de amadurecimento da adoção da tecnologia, onde “as iniciativas pioneiras estão se confrontando com os desafios da realidade”.

A Gartner estima que esse é período crítico para as empresas que fabricam e vendem soluções de RFIDs — um ambiente “darwinista” de negócios, onde só os fortes vão sobreviver e prosperar. Segundo o estudo, os investimentos nessa tecnologia serão direcionados apenas para aquelas empresas que se mostrarem mais eficientes, em termos de custos e funcionalidade.

Segundo John Davison, analista da Gartner, 24% dos grandes varejistas pretendem ampliar seus testes com RFIDs e investir fortemente nessa tecnologia nos próximos anos. Davison observa que 24% é uma porcentagem muito elevada, levando em conta o faturamento desses grandes grupos. As conclusões fazem parte do estudo “Hype Cycle for Emerging Technologies 2008″.

A “desilusão” com uma nova tecnologia é parte normal do amadurecimento industrial e comercial, segundo o estudo da Gartner. Mas essa desilusão com os RFIDs não representa um abandono dos clientes, segundo Davison. O estudo de “Hype Cycles” da Gartner identifica cinco estágios de maturação para uma nova tecnologia, partindo do “Technology Trigger”, quando uma nova tecnologia é identificada, até o “Plateau of Productivity”, que marca a adoção generalizada dessa tecnologia. Esses estágios estão cada vez mais acelerados, observa Davison. A “desilusão” é o estágio intermediário do ciclo, o que indica que a adoção generalizada dos RFIDs deve ocorrer entre 5 e 10 anos.

Segundo a avaliação da Gartner, a penetração atual dos RFIDs em caixas de produtos no varejo está entre 1% e 5% no mundo todo.

E apesar do altos investimentos pelos maiores varejistas, a Gartner não acredita que essas empresas generalizem o uso de RFIDs em todas as caixas de estoques nos próximos dois ou três anos. Um dado interessante do estudo é que o setor de varejo como um todo acompanha atentamente as ações do gigante Wal-Mart como uma espécie de “farol” para guiar seus investimentos nessa tecnologia.

Davison disse ainda que as atuais projeções de crescimento do uso de RFIDs confirmam a previsão feita no início do ano: a tecnologia deve movimentar US$ 1,2 bilhões até o final de 2008. [Webinsider]
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