quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Brasil não vai quebrar



 
 

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via carlos alberto sardenberg de Carlos Alberto Sardenberg em 26/01/09

Sobre os indicadores desta manhã:

1. No Relatório de Mercado (Focus, do BC), que resume a opinião das instituições financeiras, consultorias, faculdades e institutos de pesquisa econômica, a tendência é firme: previsões de inflação em queda e, consequência, previsão da taxa básica de juros também em queda. A inflação está desabando, mas não por um bom motivo, e sim pela forte desaceleração a economia brasileira.

2. No relatório sobre contas externas do BC, uma surpresa boa: em dezembro, no auge da crise, a entrada de investimentos externos diretos (IED) deu um salto, para US$ 8,11 bilhões, dez vezes mais do que em 2007 e o dobro do teto das previsões.

3. Com isso, o IED de todo o ano de 2008 bateu em US$ 45 bilhões, novo recorde histórico e também acima do teto das previsões. Ainda faltam dados para uma melhor explicação desse salto de dezembro.

4. Já foi normal, dentro do esperado, outro dado importante das contas externas: a forte saída de investimentos em ações, de US$ 911 milhões em dezembro último, contra a entrada de US$ 7,5 bilhões no mesmo mês de 2007. Em 2009, até 26 de janeiro, saíram outros US$ 711 milhões da Bovespa.

5. Continua a piora do comércio externo. Na quarta semana de janeiro, houve déficit US$ 255 milhões. No mês todo, até aqui, US$ 645 milhões, pior que o esperado.

6. O nível de emprego na indústria paulista, em dezembro de 2008, teve a maior queda para esse mês desde 2003.

Tudo somado e subtraído, é o quadro de forte desaceleração, com os ingredientes clássicos: cai a inflação, mas também caem a atividade econômica e o emprego. Sobe a inadimplência.

Mas não é uma crise como as anteriores pelas quais passou o Brasil. Ou seja, o país não está à beira de uma crise fiscal (nas contas públicas) ou uma crise nas contas externas, quando fica sem dólares para pagar seus compromissos.

De modo direto, o Brasil não vai quebrar. Está numa desaceleração "normal".


 
 

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