quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dicas para a correcta utilização da web pelas candidaturas



 
 

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via Certamente! de Paulo Querido em 13/04/09

Eis alguma dicas para a correcta utilização da web pelas candidaturas, no âmbito de uma conversa que passou, ontem, pelo blog do Público para a Eleições 2009, uma iniciativa a que estou ligado.

  • Ter um site regularmente actualizado é tão ou mais importante que ter um jornal do partido com periodicidade regular. Com as vantagens de ser muito mais económico, muito mais apto a levar a mensagem a jovens, muito mais fácil de gerir e ter uma audiência potencial muito superior. Nem falo da capacidade de interacção com a audiência, falo apenas e só de um site normal, vulgar, típico, one way.
  • O "investimento" num site partidário traz frutos. Mas o site só por si não atrai leitura. É um erro lamentável, pensar na web como APENAS um veículo de distribuição de mensagens. Justifica-se ter um site apenas por ter — funciona como um cartão de visita, ou um jornal limitado. Mas é como comprar um Ferrari com o motor limitado a 1 cilindro. Cumpre a função de dizer aos outros que se teve dinheiro para comprar um Ferrari, mas não cumpre a função de tirar dele o gozo da condução — e se não se pode dar uma volta, depressa os vizinhos gozarão e adeus vantagem do standing.
  • Não é necessário um site específico para cada acto eleitoral. Nã há regras aqui: estão por fazer.
  • Conquista-se eleitorado por aqui como pelos outros sítios: sendo persuasivo, constante, adequado, oferecendo sonhos, visões de uma sociedade mais justa, planos, soluções. Não é o meio, mas a mensagem, que conquista. Contudo, o meio tem de ser bem usado.
    Atenção: o meio *também* pode ser a mensagem, ou parte dela. Ver campanha de Barack Obama.
  • É fundamental os candidatos comunicarem com os eleitores, tanto com os potenciais apoiantes como os potenciais inimigos. Blogs, páginas de campanha e "perfis" em redes sociais são hoje actos de campanha. Uma hora a "conversar" no Twitter pode valer mais que um almoço para 200 pessoas. E custa infinitamente menos em tempo e dinheiro.
  • Tudo isso serve para POTENCIAR e espalhar a sua mensagem DESDE QUE esteja a fazer um uso correcto, que não ofende as pessoas que por lá andam, não vai contra as sub-culturas específicas de cada serviço. Se colocou a sua agência de comunicação a, muito "profissionalmente", despejar mensagens nesses locais, então está apenas a fomentar o desinteresse na sua mensagem e a desacreditar a sua marca.
  • Deve ou não um candidato usar a web? Depende. A web moderna é um poderoso campo para comunicar com as pessoas. Tem um potencial viral extraordinário. Mas é um meio perigoso para os políticos, em especial para os políticos, digamos, da velha guarda, que têm da comunicação uma visão vertical. Para esses, talvez seja preferível usar a web complementarmente; para outros, o risco é menor. Para os que se sentem como peixe na água a conversar com as pessoas à sua volta, que não temem a horizontalidade, então é de pensar em apostar forte, muito forte mesmo, na web. Mas nunca esperando o tipo de sucesso obtido pr Obama: Portugal tem menos percentagem da população conectada, face aos EUA.

Estas dicas surgiram primeiro com comentário a um post de Daniel Rebelo no Eleições 2009. Na sequência delas, decidi escrever outro artigo, publicado há pouco, com dados tirados dos estudos da última campanha americana. A ler:


 
 

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