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A Brasil Foods será claramente dominante em áreas importantes do setor de alimentos. Terá, por exemplo, mais de 60% do mercado de margarinas; entre 60% e 70% de carnes resfriadas e congeladas; e quase 90% do setor de massas prontas.
Mesmo assim, a impressão nos meios econômicos é a de que a fusão será aprovada pelos órgãos do governo. De todas as grandes fusões anunciadas de alguns anos para cá, a única que acabou inteiramente vetada foi a compra da Garoto pela Nestlé - questão, aliás, que está na justiça.
Todas as demais foram aprovadas, algumas com restrições – o que pode ocorrer com a Brasil Foods. A nova empresa pode ser obrigada, por exemplo, a se desfazer de algumas marcas.
Mas o mais importante é que o governo Lula claramente favorece a formação de grandes companhias de capital nacional, capazes de expansão mundo afora. No caso da fusão Oi-Telemar, o governo apoiou politicamente, com dinheiro e suporte institucional – mudou leis para facilitar o negócio. O BNDES também apoiou a fusão Votorantim/Suzano (área de celulose).
E é possível que o BNDES compre parte das novas ações que a Brasil Foods vai lançar em breve.
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