Enviado para você por Penha através do Google Reader:
O ano era 2009. Especificamente o 28º dia do mês de maio, durante a Google I/O. No dia que marcaria uma revolução na internet, sobe ao palco o Vice-Presidente de Engenharia do Google, Vic Gundotra.
Durante seu discurso, Gundotra anuncia o Google Wave, "o e-mail do futuro". Um serviço que implementaria um novo modelo para comunicação e colaboração na internet, uma plataforma construída com o intuito de tirar proveito máximo do novo padrão HTML5. O serviço permitiria, aos usuários, verem em tempo real o que os outros integrantes estavam digitando. Além disso, a novidade prometia não somente corrigir as palavras, mas analisá-las e sugerir mudanças dentro do contexto. Sem contar, é claro, a possibilidade de se arrastar e soltar qualquer arquivo do desktop diretamente para o navegador.
Houve uma corrida atrás dos convites para o novo serviço. Milhares de pessoas se cadastraram para concorrer a um deles. Alguns, mais espertos, colocaram à venda no eBay, cujos lances passaram de US$ 200. Pouco tempo após seu lançamento, a empresa se dispôs a liberar mais 100 mil convites para que os usuários pudessem testar seu novo produto. Todos queriam ver e usar o Wave.
Mas, apesar de ser uma ferramenta fantástica e possuir usuários inveterados, alguma coisa não saiu como o esperado. Apesar de os milhares de convites distribuídos pela empresa, e das atualizações sofridas pelo serviço (principalmente nos últimos meses), o Google Wave não tornou-se popular. Ao menos não como o Google esperava. Parafraseando o Presidente Lula, o Wave não passou de uma marolinha.
Pois é… o Google acaba de anunciar que não mais investirá no serviço e que o mesmo continuará no ar ao menos até o final deste ano. A empresa afirma, ainda, que todos os códigos do Wave serão reaproveitados em outros produtos e serviços e que trabalhará em ferramentas que possibilitem seus usuários a exportar seus conteúdos lá criados.
"O Wave nos ensinou bastante, e nós estamos orgulhosos do nosso time que desafiou os limites da ciência da computação. Estamos animados para descobrir o que eles irão criar no futuro, tendo em vista que eles irão continuar a criar produtos inovadores com o potencial para avançar a tecnologia e estender o alcance da web", disse Urs Hölzle, Vice-Presidente de Operações do Google.
Teria o Google tido seu ego ferido pelo fato de uma ferramenta tão revolucionária não ter dado certo? Teria o Google Wave sido lançado antes do que devia? Ou simplesmente a empresa decidiu não gastar mais pessoal e dinheiro com um serviço pouco utilizado?
Talvez nós nunca saberemos o que, de fato, levou o Google a acabar com o Wave.
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