terça-feira, 5 de maio de 2009

Fases pandémicas: o que significa passar de 3 para 4



 
 

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via Certamente! de Paulo Querido em 29/04/09

A Direcção-Geral de Saúde tem um micro-site algures lá no seu website que, embora útil, padece de uma doença frequente em sites da AP: acessibilidade dificultada. Por isso, republico aqui um quadro com uma informação que foi muito solicitada nas últimas 48 horas e que permite perceber o que significa, verdadeiramente, a WHO ter passado de 3 para 4 o nível de alerta.

Período

Fases

Objectivos fundamentais

de saúde pública

Interpandémico

Fase 1

Não foram detectados novos subtipos do vírus da gripe(1) em humanos. Um subtipo de vírus da gripe que já causou infecção em humanos pode estar em circulação entre animais, mas o risco(2) de infecção ou doença humana é baixo

Reforçar a preparação/os planos de contingência para a gripe pandémica, ao nível global, regional, nacional e subnacional

Fase 2

Não foram detectados novos subtipos do vírus da gripe em humanos. No entanto, existe um subtipo do vírus da gripe em circulação em animais que apresenta um elevado risco(2) de infecção humana

Minimizar o risco de transmissão aos humanos através da rápida detecção e declaração de situações de transmissão se ocorrerem

Alerta

pandémico

Fase 3

Existe infecção humana com um novo subtipo do vírus, mas não foi detectada transmissão pessoa-a-pessoa ou, no máximo, houve situações de transmissão para contactos próximos(3)

Assegurar a rápida caracterização do novo subtipo do vírus e a detecção atempada, declaração e resposta a casos adicionais

Fase 4

Existem um ou mais pequenos clusters/surtos(4) com transmissão pessoa-a-pessoa limitada, no entanto a disseminação do vírus é completamente localizada, indicando que o vírus ainda não está bem adaptado ao hospedeiro humano

Manter/Conter o novo vírus em focos limitados ou retardar a sua disseminação de forma a ganhar tempo para implementar medidas de preparação/prevenção, incluindo o desenvolvimento de vacinas

Fase 5

Existem clusters/surtos de maiores dimensões(5), mas a transmissão pessoa-a-pessoa ainda é localizada, indicando que o vírus está a adaptar-se gradualmente melhor ao hospedeiro humano, mas ainda não atingiu um nível de transmissão considerado eficaz (substancial risco pandémico)

Reforçar as acções de contenção ou

retardamento da disseminação do vírus, de forma a evitar (possivelmente) a pandemia e ganhar tempo para implementar medidas de resposta à pandemia

Pandémico

Fase 6

A pandemia está instalada: existe um risco aumentado e substancial de transmissão na população em geral

Minimizar o impacto da pandemia

(1) Um novo subtipo de vírus é um vírus que ainda não circulou em humanos durante, pelo menos, várias décadas e para o qual a maioria da população humana não tem imunidade.

(2) A distinção entre as fases 1 e 2 baseia-se no risco de infecção ou doença humana, resultante de estirpes que circulam em animais. Esta distinção é baseada em vários factores e a sua importância relativa, de acordo com os conhecimentos científicos actuais. Estes factores podem incluir a patogenicidade em animais e humanos; a ocorrência em animais domésticos e gado ou em animais selvagens; a ocorrência em enzootia ou epizootia; a ocorrência em áreas geográficas localizadas ou dispersas e/ou outros parâmetros científicos.

(3) A distinção entre as fases 3, 4 e 5 é baseada na avaliação do risco de ocorrência de uma pandemia. Podem ser considerados vários factores e a sua importância relativa, de acordo com os conhecimentos científicos actuais. Estes factores podem incluir a velocidade de transmissão, a localização e disseminação geográfica, a gravidade da doença, a presença de genes de estirpes humanas (se derivados de uma estirpe animal) e/ou outros parâmetros científicos.

(4) Surtos com poucos casos humanos (ex. 25 casos, com duração de menos de 2 semanas). Nas fases iniciais de um surto não será possível calcular Ro (taxa/número básico de reprodução = média de novas infecções geradas por um caso), mas, com base em estudos de modelação, calcula-se que estes surtos terão 0 < Ro ≤ 0,5.

(5) Surtos com maior número de casos humanos (ex. 25 a 50 casos, com duração de 2 a 4 semanas). Nas fases iniciais de um surto não será possível calcular Ro (taxa/número básico de reprodução = média de novas infecções geradas por um caso), mas, com base em estudos de modelação, calcula-se que estes surtos terão 0,5 < Ro ≤ 1.


 
 

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